Encontrar o profissional ideal para o seu negócio é um desafio para qualquer empresa. No entanto, para o mercado de pet shops, essa dificuldade parece ser ainda maior. Por isso, confira nosso artigo sobre contratação de funcionários para pet shops.
O mercado pet é um dos mais promissores do Brasil. Dado isso, surgem cada vez mais empresas no segmento, tornando acirrada a competitividade.
Para se destacar perante os demais e alcançar o diferencial competitivo, o primeiro passo é escolher muito bem os seus funcionários.
Os colaboradores, independentemente das suas funções, são os representantes da sua marca, e isso deve ser considerado na hora de selecioná-los.
Como selecionar corretamente os funcionários
Um dos erros mais comuns das empresas é não traçar o perfil para a vaga. Este deveria ser o primeiro passo para contratar de forma assertiva, já que visa garantir que o profissional escolhido se enquadre nos requisitos mínimos exigidos do cargo.
No recursos humanos costuma-se dividir em habilidades e competências as características que devem compor o perfil da vaga. Apesar de serem conceitos facilmente confundidos, possuem definições diferentes.
Em geral, definimos competência como características que podem ser aprendidas e aprimoradas, como um curso de Excel, por exemplo.
Já as habilidades são qualidades inerentes a pessoa, e que a auxiliam no desenvolvimento das competências, como ser focado, determinado, proativo e trabalhar bem em equipe.
Cada vaga, dependendo das suas atribuições, necessita de competências e habilidades diferentes para um bom desempenho, por este motivo, devem ser definidas separadamente.
Um gerente, por exemplo, precisa ser organizado, saber planejar, definir e mensurar metas, possuir boa comunicação oral e escrita, ser capaz de motivar e dirigir a equipe, além de um bom senso de liderança.
Para quem lida diretamente com os inúmeros cães, gatos e outros animais que passam diariamente pelo estabelecimento, é indispensável gostar, verdadeiramente, dos bichos.
Isso porque o trato com eles nem sempre é fácil, alguns possuem temperamento instável e/ou são muito agitados, o que torna essencial a paciência, profissionalismo e claro, a prática.
Banhistas e tosadores são exemplos claros desses profissionais.
Ao solicitar logo na descrição da vaga que se tenha cursos específicos, determinado tempo de experiência, e/ou conhecimento em certa raça. Assim, você poupa o tempo do candidato e também do recrutador.
Pois, irá escolher somente pessoas que cumprem os requisitos básicos para, então, iniciar o processo de seleção.
Em pet shops, frequentemente, os recepcionistas e auxiliares são também responsáveis pela parte de vendas.
O ideal é que além de conhecimentos em informática, organização e proatividade, é importante também que possuam capacidade de vendas. Com isso, poderá oferecer novos serviços aos clientes, agregando valor ao atendimento.
Ao receber ligação de um cliente para agendar horário para um banho, o atendente pode oferecer uma hidratação com desconto, uma tosa da raça ou outro serviço agregado. Bem como, ao buscar o animalzinho após o banho, podem ser ofertadas roupinhas, colônias, guias, entre outros produtos.
Para que este serviço seja ainda mais efetivo, além de contratar pessoas com bom desempenho em vendas.
Uma boa iniciativa é que a empresa invista em treinamentos e qualificações para tal, o que além de aumentar a receita do negócio e ainda valorizar o funcionário.
Cada empresa possuirá o seu modo de conduzir o processo de recrutamento e seleção, mas o mais importante é que ele seja pensado na realidade e na cultura da empresa. Assim, evita frustrações futuras, tanto por parte da organização, quanto por parte do funcionário, o que motiva grande parte dos desligamentos e demissões.
Alta rotatividade de funcionários: Entenda as causas e como evitar
Quando há um grande número de admissões e demissões na empresa, em um curto espaço de tempo, isso significa que a sua rotatividade de funcionários está alta e merece atenção.
Dentre as várias consequências causadas por este problema, temos como as principais a queda na produtividade, aumento nos custos com a rescisão, nova contratação de funcionários para pet shops, desestruturação no setor e a perda de grandes talentos.
Para as pet shops esse problema pode ser ainda mais prejudicial e abalar a relação com os clientes. Já que muitos deles estabelecem um vínculo de confiança e afeto entre o funcionário e o animal, podendo não se sentir à vontade com trocas constantes.
Acontece de muitos clientes seguirem o antigo funcionário ao seu novo local de trabalho, por gostarem e confiarem no seu serviço. Trata-se de algo extremamente negativo e que deve ser fortemente evitado pelas empresas.
Deste modo, a fim de evitar impactos como esse, é necessário que as empresas invistam em formas de reter talentos, manter a equipe motivada e produtiva.
Oferecendo incentivos capaz de os motivarem a permanecer na pet shop.
Para isso, vamos te dar algumas dicas de como fazer isso:
- Ambiente de trabalho agradável: é local onde passamos grande parte do nosso dia. Portanto, é indispensável a manutenção de um bom clima organizacional, sem hostilidades ou humilhações, fatores que mais contribuem para o aumento da rotatividade.
- Falta de benefícios e remuneração abaixo do mercado: um dos maiores problemas relatados por proprietários e gestores de pet shops é a alta rotatividade motivada por pequenos aumentos de remuneração ou benefícios ofertados em outra empresa. Investir em treinamentos e capacitação é o primeiro passo para que o colaborador se sinta valorizado. Além de ser benéfico a própria empresa, já que o serviço prestado estará em constante melhoria.
- Não ter plano de carreira e/ou desenvolvimento: em empresas pequenas ou com poucos funcionários, nem sempre é fácil estabelecer um plano de carreira. No entanto, investir nesse diferencial é algo valorizado pelos funcionários e que os farão pensar melhor antes de trocar de empresa tão facilmente. Caso não seja possível basear o plano de carreira em promoção de cargo, uma boa alternativa é estipular metas de benefícios vinculados ao atingimento delas.
- Não reconhecer um bom desempenho: criar uma cultura de reconhecimento dentro da empresa faz com que o funcionário se sinta reconhecido e saiba que está contribuindo e agregando valor à organização. Este é um grande aliado no fator motivação, que acaba sendo pouco explorado, já que muitos associam reconhecimento somente a recompensa financeira.
O que poucas empresas percebem é que, na maioria das vezes, a rotatividade poderia ser evitada com pequenos gestos. E nisso, irão poupar dinheiro e tempo ao investir em uma boa contratação de funcionários para pet shops.
O maior ativo de qualquer empresa é o conhecimento. Ele está nos dados de clientes, contatos de fornecedores, conhecimento de mercado, e claro, nos funcionários.
Perder um funcionário com ótima qualificação, onde foram investidos diversos cursos e treinamentos de aprimoramento, significa perder um componente importante da empresa e que custará a ser substituído.
Ao encontrar na empresa um lugar que valoriza, reconhece e investe no funcionário. Além de remunerá-lo de acordo com o mercado, oferecendo um ambiente agradável e propício ao desenvolvimento, o colaborador trabalhará mais satisfeito, com maior produtividade e qualidade na função desempenhada.
Etapas fundamentais em uma contratação de funcionários para pet shops assertiva
Após determinar o perfil necessário para o preenchimento da vaga e criar um ambiente agradável e propício ao desenvolvimento, é chegado o momento de iniciar a fase de contratação em sua pet shop.
Neste estágio ocorrem as principais etapas que compõe o processo de recrutamento e seleção: prospecção de candidatos; triagem de currículos; entrevista; aplicação de provas e/ou dinâmica.
Conheça abaixo as principais delas, e como conduzi-las de maneira correta.
Como fazer a triagem e análise de currículos corretamente?
Após selecionar o meio de divulgação da vaga e atrair candidatos para se aplicarem a ela, é necessário analisar individualmente cada um deles, eliminando aqueles que não se enquadra no perfil determinado pela empresa.
O currículo é a primeira impressão que o empregador terá sobre o candidato. Por este motivo, deve ser analisado com atenção, levando em consideração a estética e possíveis erros gramaticais.
Verifique nas experiências do candidato se elas se enquadram no desejado para a função.
Outra análise bastante comum aos gestores de recursos humanos é verificar, em ordem cronológica, se houve evolução do candidato ao longo do tempo nos seus empregos anteriores.
Observe as informações adicionais, como cursos extracurriculares, palestras, prêmios e certificações, trabalhos voluntários e outros. Essas informações mostram muito sobre o candidato, indicam o quanto ele tem se empenhado e sido reconhecido em sua carreira.
Leia com atenção a descrição das atividades exercidas nas experiências anteriores. Isso irá poupar tempo e dinheiro, ao entrevistar somente candidatos que se encaixam no perfil, e ao diminuir parte do investimento em treinamento caso o mesmo não tenha nenhum conhecimento na área.
O que perguntar na entrevista?
Ao seguir as dicas, a empresa eliminará cerca de 70% dos candidatos que não se enquadram na vaga.
Os demais 30% serão convidados a uma entrevista, que visa verificar se as informações no currículo são verdadeiras, além de conhecer as características comportamentais do candidato.
Tendo como base os requisitos para a vaga, formule uma lista de perguntas padrão a serem feitas a cada um deles, de modo a tratar todos igualmente.
É interessante promover um ambiente descontraído, para aliviar a tensão tradicional das entrevistas de emprego. E claro, realizar essa etapa de forma individual.
Saber o que você deseja em um candidato é crucial para definir o que será perguntado.
Uma boa forma de iniciar a entrevista é solicitar que o candidato fale um pouco sobre ele. Essa pergunta permite analisar o que o candidato prioriza em sua vida pessoal e profissional, sua capacidade de comunicação e síntese de informações.
Questione-o sobre seu antigo emprego e quais eram suas responsabilidades. Essa mesma pergunta abre margem para outras mais específicas, como quais as maiores conquistas do candidato e por que ele deixou o emprego anterior.
Perguntar por que o candidato deveria ser contratado para aquela vaga permite analisar o quanto ele sabe sobre a empresa, o quanto de identifica com a função e as características que ele valoriza e considera úteis a empresa.
Por fim, vale a pena questionar o que o candidato considera que o diferencia dos demais. Uma boa dica é fazer anotações durante toda a entrevista e retornar em pontos que julgar importante, seja para saber mais sobre o candidato ou por notar alguma contradição em sua fala.
Outra dica que fica é ligar para as referências que estão no currículo, ou as que seu candidato recomenda. Essa técnica pode dar um trabalho extra mas tem grande assertividade.
Dinâmicas de grupo
Após toda a etapa de triagem e entrevistas, resta um grupo de pessoas com qualificações e objetivos parecidos.
Este é o momento de aplicar as dinâmicas de grupo, que permitem analisar características desejáveis ou indesejáveis no candidato, como arrogância, timidez exagerada, egocentrismo, gestão do tempo, capacidade de trabalhar em equipe e sob pressão.
Existem inúmeros tipos de dinâmicas de grupo. Elas servem não somente para fins de recrutamento e seleção, mas também para descontrair este momento que é muitas vezes tenso para os candidatos e para mostrar valores que são importantes à empresa.
Antes de iniciar qualquer dinâmica, é preciso se ter em mente quais competências e qual o cargo que está disponível. Veja abaixo um exemplo que pode ser utilizado de forma bastante positiva:
Nome da dinâmica: Troca de Segredos
Material necessário: papel e caneta.
Objetivo: desenvolver ou identificar habilidade de empatia (se colocar no lugar do outro).
Como fazer: cada participante deverá colocar num pedaço de papel uma dificuldade pessoal que possui, mas que não gostaria de falar abertamente.
Após todos fazerem o mesmo, os papéis serão misturados e sorteados entre os participantes e cada um assume para si o problema que pegou no papel.
A pessoa deverá ler o problema em voz alta e explicar como se fosse dela e propor uma solução para superá-lo.
Resultado: o avaliador irá identificar como o candidato se apropria do problema do outro e como ele se propõe a resolvê-lo. Essa análise diz muito sobre a personalidade da pessoa, sobre como ela compreende o outro e sua disposição em ajudar.
Ao fim da dinâmica, o entrevistador pode fazer perguntas como “como foi encontrar uma solução para um problema que você não vive?” ou “como você se sentiu ao ver o seu problema descrito?”
Considerações
Todas as empresas precisam passar pelo desafio de recrutar e contratar, em algum momento.
Quando a rotatividade de funcionários da empresa está alta, essas etapas acabam sendo feitas com maior frequência, gerando custos adicionais a empresa e prejudicando o desempenho das funções e a relação com os clientes.
Não há uma receita pronta de como fazer uma boa contratação de funcionários para pet shops, mas, seguindo os passos acima e estruturando bem cada etapa de acordo com a sua necessidade e a realidade da organização, a probabilidade de se fazer uma escolha assertiva é muito maior.
Abraços e boas contratações na sua pet shop!